Por: Capital 95 | 2025-11-13
O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito civil para barrar práticas de discurso de ódio e apologia ao nazismo no show do rapper Kanye West, previsto para 29 de novembro em São Paulo. Conforme a portaria, o artista é considerado “antissemita declarado” e possui histórico de manifestações que glorificam o nazismo. A música “Heil Hitler”, por exemplo, utiliza trechos de discursos de Adolf Hitler e referências à suástica. O documento data de outubro.
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De acordo com o Uol, o MP ressalta que, se Kanye realizar algum ato de apologia ao nazismo durante a apresentação, poderá haver prisão em flagrante. O órgão fundamenta-se no artigo 20 da Lei 7.716/1989, que criminaliza discriminação racial e proselitismo nazista.
Além disso, a Prefeitura de São Paulo e o Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar de São Paulo foram notificadas para adotar medidas preventivas. Policiais devem manter prontidão durante o evento para possibilitar ação imediata.
Organizador, local e contexto político
O show perdeu a autorização em um equipamento público do município. Conforme o prefeito Ricardo Nunes, “em equipamento da prefeitura, ninguém que faça apologia do nazismo vai tocar ou cantar”.
Até agora, o local ainda não foi definido para o espetáculo que permanece agendado. Os produtores do evento, Guilherme Cavalcante e Jean Fabrício Ramos (Fabulouz Fabz), aparecem apontados como coautores e corresponsáveis pela apresentação. O MP avalia também ação civil pública por danos morais coletivos contra os organizadores.
A vereadora Zoe Martínez protocolou projeto de decreto legislativo para declarar Kanye “persona non grata”, por “flertar com o nazismo”. Conforme ela afirmou, São Paulo “é terra de respeito, diversidade e memória. Lar de famílias que fugiram dos horrores do regime nazista”. A movimentação política amplia o alerta sobre o espetáculo e reforça o caráter simbólico da investigação.
